domingo, 27 de junho de 2010

Avatar

Pois é amigos...para quem assistiu ao filme Avatar no final do ano passado e compreendeu a proposta ou melhor "o recado" direto para nós em consideração ao nosso Planeta Terra, certamente gostará do texto abaixo. Ele chegou a mim em formato PPS (amei) e diante de tantas informações sendo postadas na internet sobre grandes eventos catastróficos acontecendo e para acontecer, fica aqui mais um registro para que todos nós possamos pensar e avaliar quais das nossas atitudes precisamos mudar. E não basta mudar apenas a nossa forma de agir, precisamos alterar também a nossa forma pensamento e orar muito...se nós nos unirmos em ações positivas, nos libertando do egoísmo e da ganância e nos unirmos em muitas orações pelas pessoas que são atingidas por tantos sofrimentos e perdas e pelo nosso Planeta acredito que assim a ajuda chegará e sempre se fará presente em todos os cantos do nosso amado Planeta Terra!
Segue abaixo a minha pesquisa, fiel ao que recebí por e-mail e imagens garimpadas da internet...

Bjusss de muita luz em todos os corações.

Abra os olhos para Ver!

Texto: Elenita Malta


Avatar aparece num ótimo momento. Após o fracasso da Conferência do Clima em Copenhague e no início do Ano da Biodiversidade, é um brado de alerta sobre nossa péssima relação com a natureza. Merece ser assistido pelos belos efeitos e pela fotografia extraordinária, porém, mais do que isso, apresenta uma poderosa mensagem ecológica: o homem precisa restabelecer sua conexão com a natureza. Nos fala também de respeito ao próximo, homem, animal ou floresta, igual ou diferente de nós.



O espectador é transportado para a lua Pandora, habitada pelo povo Na’vi, em um universo de experiências sensoriais encantadoras, com seres de formas jamais imaginadas, cores reluzentes e uma natureza exuberante. Avatar propõe uma discussão pertinente sobre o futuro do nosso planeta , a Terra. Inova ao expor a monstruosidade do ser humano, personificado no cel. Miles, que destrói um mundo em perfeita harmonia , com uma brutalidade chocante, em cenas que provocam indignação. Mostra a inescrupulosidade do ser humano , até onde o homem é capaz de chegar para obter ganhos econômicos. Quando a árvore-casa dos Na’vi cai, o desmatamento da Amazônia, da Mata Atlântica, o derretimento dos polos, a morte dos corais e dos oceanos, enfim, todas as desgraças provocadas pelo homem são evocadas. Vemo-nos atirando contra a natureza, só porque debaixo dela se encontra um minério valioso, que, para os humanos, resolveria a crise energética, uma vez que em 2154 – ano em que a trama se passa – não existe mais verde na Terra.



Com a Terra arrasada, segue-se a colonização de outros mundos. Ao mostrar nossa mesquinhez, o filme pretende atingir o que ainda resta de consciência ecológica no ser humano. O nome da lua, Pandora, é significativo. Na mitologia, Pandora, a primeira mulher criada por Júpiter, recebe dos deuses, presentes em forma de dons , como beleza, persuasão e música. Do marido, Epimeteu, recebe uma caixa contendo todos os males, com a advertência de não abri-la. Mas a curiosidade foi maior, e Pandora abriu a caixa, liberando pragas que atingiram o homem, restando apenas a esperança. Pandora não cuidou de sua caixa, e nós não estamos cuidando do nosso planeta. Avatar nos adverte: a Terra é nossa caixa de Pandora. Se não soubermos preservá-la, será o nosso fim. O filme é permeado de esperança. Na lua Pandora tudo está em equilíbrio. Uma árvore da vida, a deusa Eywa, sustenta as conexões entre as raízes de todas as árvores e entre todos os seres. É uma teia, como as sinapses que ligam os neurônios em nosso cérebro. Acaso na Terra os sistemas também não estão interligados ? Esse é o preceito fundamental da ecologia. Como dizia José Lutzenberger, em seu Manifesto Ecológico Fim do Futuro: tudo está relacionado com tudo. Tudo é uma coisa só. Embora nossa conexão não se realize diretamente, como ocorre por meio das tranças dos Na’vi, com os cavalos (Direhorses), animais alados (Banshee) ou com a própria terra... ela existe , só que está perdida pelo nosso afastamento da natureza. Avatar nos diz que, se quisermos manter o direito de habitar na Terra, precisamos colocar-nos novamente em contato com a natureza.


O personagem principal, Jake Sully, consegue se libertar da cegueira e da ignorância e perceber a tempo a catástrofe que os humanos iriam desencadear em Pandora. Ao entrar em contato com os costumes dos Na’vi, Jake Sully, aos poucos, vai compreendendo a importância da harmonia ecológica de Pandora. Trata-se, além de conhecer os modos de alimentação e locomoção, de como respeitar a vida em todas as suas formas. Quando a jovem princesa Neytiri diz a ele “Eu vejo você”, ela não apenas vê, mas sente, percebe e respeita o outro. Para vivermos em equilíbrio com a natureza e com nossos semelhantes, é preciso “vê-los” profundamente. Um aspecto interessante é que a vida no avatar passa a ser mais real do que a “vida real”.
Isso pode instigar-nos a questionar: a vida que levamos atualmente nos proporciona qualidade de vida?
Não está na hora de buscarmos qualidade de existência?
O filme nos mostra que as sociedades tidas como “primitivas”, até mesmo “selvagens”, têm mais sabedoria , e, geralmente, uma ligação com a natureza muito mais rica do que a nossa. Somos responsáveis pelo sistema econômico falho, excludente, perverso – que, apesar da crise, surpreendentemente permanece o mesmo – que, visando ao lucro e ao crescimento ilimitado, coloca a natureza como uma ‘pedra no sapato’ para atingir o “desenvolvimento”. O que nos falta, como mostra Avatar , é envolvimento. O próprio nome “ des envolvimento” sugere um desligamento com o envolvimento, uma total desconexão com a Mãe Natureza, que só gera desequilíbrio para todos nós. Estamos cada vez mais desconectados com a teia da natureza , preocupados em ganhar dinheiro custe o que custar. Estamos cada vez mais desconectados com a teia da natureza, preocupados em ganhar dinheiro custe o que custar. Mesmo que o preço seja a vida dos que ainda não nasceram ou até mesmo dos oceanos, das árvores e dos animais, não cogitamos alterar nossos hábitos de consumo , extremamente danosos aos recursos naturais, e, muito menos, mudar nossa matriz energética altamente poluente. Ainda há tempo para salvar a Terra , basta nos reconectarmos .

“ I see you !” – “ Eu vejo você !”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Anjos..se gostarem cometem...